sábado, 26 de fevereiro de 2011

Vida, vida, vida...



A vida é um eterno aprendizado, é um vai-e-vem de tempestades, de nuvens carregadas, de fase boa e tempo bom. Nada dura para sempre, nada é absoluto, nada permanece no mesmo lugar.  Tudo é transformação, metamorfose, incerto. É um ciclo, uma roda-gigante, um moinho.  
Viver de olhos fechados às vezes parece ser mais simples, e até mais confortável. Você consegue enganar as pessoas com um sorriso, com palavras, com alguns gestos. Mas o olhar, ahh, esse te entrega. Deve ser por isso que dizem que os olhos são a janela da alma. Concordo. Não adianta disfarçar, enganar, se enganar. Uma hora ou outra um chá da realidade cai sobre a sua cabeça e te acerta bem naquele cantinho onde mora a Dona-Consciência. E ela te aponta o dedo, te catuca, te diz umas verdades bem assim, sem medo, sem dó, na lata.
Também não dá pra viver só de aparência e fazer cara de to-feliz-o-tempo-todo.  E nos deparamos com cada situação difícil que pensamos nunca mais vencer. Mas vencemos, a coisa se vai, passa.  E a gente pega o fôlego que é preciso para poder seguir em frente.  Com mais coragem, mais força para enfrentar o próximo desafio. Não se engane, sempre aparecerá um calo te incomodando, dorzinha no coração e problema na cabeça. Mas só temos essa vida, o aqui, o agora. Ela é curta demais para perdermos tempo desistindo do que se mais deseja. Eu sei que não temos a garantia de que o desfecho seja como sonhamos, eu sei.  Mas só trocando o medo pelo verbo arriscar é que saberemos o que o futuro nos reserva. É bem certo que tudo será como uma caixinha de surpresa.  Talvez seja muito melhor do que a gente pensa e acredita. Mas que seja docemente acompanhado de sorrisos, que venha para ficar e fazer casa na nossa vida. 




Karine Melo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

No embalo


Olhava para o céu, e sem se dá conta, sorria para a vida. Sentia uma alegria no coração que, como circulação, bombeava para todas as partes do ser. Deve ser o novo tempo que chega suave fazendo moradia. Um tipo de paz que invade e envolve sultimente, trazendo sensações que não se explicam, que não se definem. Mas tem brilho nos olhos, cores e motivos.
Sintonizava sua alma na frequência e no ritmo que gostava, colocava fé naquilo que parecia ser improvável, e seguia. Foi nesse embalo que descobriu que tudo é possível, e que viver pode ser melhor do que se espera.
E foi regando todas as sementes que ela queria ver florecer. E florecia, saboreando dos bons frutos que sempre desejou. É que agora ela aprendeu a ver beleza em tudo que vive. E como quem acredita, abraçou todos os seus sonhos, e eles, a abraçaram de volta.






Karine Melo.