segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Custe o que custar



 Não sei. Não entendo. Desconheço. Como começar assim sem saber o que será das próximas linhas? Como continuar na mesma estrada sem entender a realidade de cada coisa? Como fazer tais perguntas se desconheço todas as possibilidades de respostas? Pode ser simples, mas aqui dentro habita uma complexidade e uma confusão sem remédio, pelo menos nesse segundo, que é passageiro.

Tenho um lado racional que repete o tempo todo: não queira o que não é seguro, não queira. Também tenho um lado bobo que diz: deixa rolar, deixa. Tenho vários lados. Bem, quero dizer que na minha cabeça existem muitos zum-zum-zuns. Domá-los é mais difícil do que se pensa. Escolher qual levar a sério, mais ainda.
É certo que posso me segurar em Deus, que tudo sabe. Posso também me escorar no tempo, que tudo revela. Eu posso muita coisa. Pensando assim, talvez eu esteja enganada, em meio a essa confusão devo sim saber de alguma coisa.

 Descobri nas entrelinhas que a vida é muito mais. O que ela me reserva vai além, bem além de tudo que minha mente limita enxergar. Afinal de contas há sempre um ponto de luz à espera. E mesmo carregando algumas interrogações, é pra lá que eu vou. Quem sabe assim as coisas ficam mais claras e eu possa pegar uma estrada mais segura. Quem sabe.

 Poderá me custar algumas lágrimas, falta de apetite e umas noites sem dormir. Ainda assim será melhor do que uma vida inteira cheia de arrependimentos com o peso de uma mal escolha. Abro mão do que for preciso e do que acho que preciso, só para me ver feliz. Custe o que custar.




Karine Melo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Agosto à gosto.





E sem demora, lá vem ele de novo: Agosto. Será que ele é mesmo tão terrível? Quer saber, não tô nem aí se chegamos ao mês oito, se não gostam dele, se no ano passado não foi legal, se é inverno, se é isso, se é aquilo. Se, se, se. Chega! Chega de transformar problema em problemão. A vida não dá mole o ano inteiro, então pra quê tanta pressão reunida num só mês? Nada pode estar tão feio assim. Seja Janeiro ou Agosto, fase é fase, vai e vem. Mas sempre passa.

Falar pode ser fichinha, mas ver as coisas com outros olhos tem lá suas compensações. Se tá amargo, existe o doce. Se lateja, existe o que alivia. Se tá frio, existe o que ferve. Se tá ruim, existe o melhor. Ahh, vem cá, acompanha junto comigo: inspira, expira... E relaxa! Que se dane porque é Agosto. Vou ligar o botão do verbo abstrair. Se ele não existe, besteira, eu invento. Vou adoçar o mês e açucarar os dias. E eu só preciso acreditar que será bom. Agosto ao meu gosto.


Karine Melo.