sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Acredite.




Já percebeu que todo fim de ano é a mesma coisa? Sempre planejamos, sonhamos, traçamos metas, nos renovamos. Essa data parece que nos sacode, nos levanta, nos enche de uma sensação de que o próximo ano será diferente. E será. Aprendi que tudo nessa vida passa, e tudo que passa serve de aprendizado. Já parou para pensar na quantidade de acontecimentos que marcaram 2010? São fatos, lágrimas, sorrisos, perdas, conquistas, decepções, surpresas... Enfim, a gente acha que não, mas sempre pulamos para o próximo ano com a bagagem do anterior. Levamos as lembranças, a saudade, a lição, e o que vale. O que não vale a gente se esforça pra deixar para trás. Afinal de contas, ano novo também significa um começo, vida nova, mudanças. Como uma nova oportunidade que temos de fazer acontecer aquele desejo que está escondidinho no coração.

Durante todo o ano pessoas entraram na sua vida, outras foram embora, outras continuam desde sempre. É normal, faz parte do ciclo da vida. O que é verdadeiro sempre fica, permanece, cresce junto contigo. É bem clichê os votos que fazemos a cada dia 31 de Dezembro: saúde, paz, amor, sucesso, dinheiro, prosperidade.. Mas e você? E sua alma, como está? Como é que fica? Quer saber? Bom mesmo é entrar num novo ano sem aquele peso, sem aquela mágoa que insiste habitar em você.  
Às vezes é preciso ser racional e pensar: coração só bate, é tudo psicológico. E é mesmo. Temos sim sentimentos e emoções, mas se algo não vai bem aí dentro, tente colocar pra fora, expulse de uma vez, deixa isso para o ano velho. Se renove, decida se amar, se gostar. Faz força, luta contra o que te rouba o sorriso. Se você quer, você consegue. Corra atrás, não pare, nunca é tarde para recomeçar. Não desista. Deixa as lamentações de lado e comece agora a escrever uma nova história, onde você é o autor principal e por isso está em suas mãos todos os próximos 365 dias. Aproveite.

Posso dizer que esse ano foi diferente, onde passei a me conhecer mais, e as pessoas também. Coloquei os pés no chão, abri os olhos para a realidade, me transformei em uma pessoa melhor. Talvez ninguém perceba, mas isso não importa, eu sei, eu sinto, e as coisas acontecem dentro da gente. Amadureci. Fiz o que o coração mandou, outras vezes, o que a razão ordenou. Me dei bem, me dei mal, sobrevivi. Vivi.
E tudo começará outra vez, as mesmas horas, os mesmos dias da semana, os mesmos meses, mas um n-o-v-o ano. E isso faz toda a diferença. E eu levarei comigo essa fé que sempre me pôs de pé quando eu mais precisei. Leve também. Fé em Deus, fé na vida. Fé em você.
Porque é isso que realmente nos move, os nossos sonhos, e aquela vontade de tornar cada um real. Acredite. Nunca deixe de acreditar. Abrace, feche os olhos, queira bem. Believe, believe, believe. Deseje bem profundo, com todas as forças, um FELIZ ANO NOVO.

- Até 2011, a gente se vê por lá!




Karine Melo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Vai, menina..



E de repente ela acorda estranha. Sempre abre os olhos e logo olha para o relógio, mas hoje não, hoje ela olhou para alguns sonhos que ficaram adormecidos. Tratou de se desfazer de alguns, porque já não lhe servem mais, resgatou uns, inventou outros. Percebeu que algumas convicções andaram escondidas, mas já é tempo de tomá-las de volta para si. Como quem pulsa, como quem acredita. Como alguém que não usa a palavra desistir. Agora ela conhece as alternativas, e algumas ideias tornam-se possíveis, cada vez mais. Mudar o ângulo é preciso, mudar o foco, se faz necessário. E continua, porque uma alma não se modifica, mas suas impressões, sim. E no peito surge uma inquietude, porque não vale só existir, o que vale mesmo é sentir a vida. Sentir é descobrir, é desvendar, é entender que há sempre um recomeço, ou qualquer coisa que parta do zero. E o que ela quer é isso, criar um novo mundo, e não é lá fora não, é dentro dela. Porque sabe que as coisas acontecem primeiro por lá. Então arrisca, menina. Enfrenta o caminho e não desvia o olhar. Encara, solta esse sorriso. Tira a poeira dos dias, o peso das horas, desfaz os nós. Sente que viver é bom e eterniza a melhor parte dessa vida.



karine melo.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Oscilando...




Chega a ser engraçado essa coisa de viver. Há tantas e tantas mudanças. Um dia a gente pensa de um jeito, no outro, tudo muda. Tem doce que a gente gosta, gosta, mas depois abusa. Tem pessoas que a gente dá até a vida por elas e, de repente, elas já não valem tanto assim. Tem caminho que parece o certo, e depois nos damos conta que era apenas ilusão. Tem coisas que entram na moda, e que de tão feio você diz que nunca irá usar, mas sem querer, a gente usa e ainda se sente bem. Tem coisas que a gente começa acreditando que é pra sempre, mas em um piscar de olhos, o sempre se torna um simples ponto final. Tem coisa que surge e tem cara de fogo-de- palha, mas que vem pra ficar, que se transforma em chama que não apaga, que não morre, que não tem fim.
Desconheço as certezas, mesmo precisando delas. Mas hoje eu só quero sentir. Perceber que tudo em minha volta é metamorfose, até mesmo eu. E eu já não sou a mesma, mas permaneço em mim. Intacta, profunda, intensa. De forma exata não sei explicar o cenário, o texto e o elenco. Mas tem gosto, temperatura e um Tum-tum-tum diferente. Que caminho seguir, eu não sei, que decisão tomar, também não. Mas minha alma tem balança, e eu sei o que ta pesando. Um dia, ou eu saio de cima do muro ou ele desaba. Só me resta descobrir pra que lado se deve pular. As respostas vêem com o tempo, isso eu sei também. Enquanto isso,  assim vou eu, oscilando, nesse vai e vem de sensações. Alcançando sonhos, tatuando alegrias no coração. Que é pra nunca mais esquecer que felicidade de verdade não é uma possibilidade. É uma certeza.  



Karine Melo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Em fuga.



As coisas passam por mim e, simplesmente se vão. Deixo passar, relevo. Mas cansei. Abstrair é fundamental, mas nem sempre.  É que ando cansada das coisas, posso até dizer que ando com preguiça de gente. É, falo de gente mesmo, do ser humano (desumano?). Preguiça de quem vive por aí se queixando de tudo, de quem acha que está sempre com a razão, de quem vive de aparências, de quem muito fala e pouco faz. Pior, de gente que enche a boca e bate no peito pra dizer quem é e acaba não sendo nada vezes nada. Então, me dei conta que algumas pessoas me cansam, definitivamente.

Me rendo. Resolvi dá tchau, adeus e até nunca mais. Não, não é a você, nem a fulaninho nem a ninguém. Mas é para aquela menina ingênua que insiste em morar em mim. Não a quero, não aceito, pode ir. Dizem que é dando que se recebe, que o que a gente planta, colhe. Por muito tempo pensei assim, não penso mais. Desisti de plantar em terra infértil. Tudo bem, há casos e casos, eu sei. Mas cansei. De viver como quem aguenta, como quem engole, como quem foge. E confesso, vivo em fuga.

Já sorri pra fugi da tristeza, já fugi de algumas alegrias, já bebi só para fugi da realidade. Já fugi de alguns sentimentos, de algumas verdades e de alguns desejos. Já fugi dos meus princípios e até da minha razão. Já fugi de alguém, já fugi de mim. Por medo, por fraqueza, covardia. Assumo, e não tenho a menor vergonha em dizer isso. Sou humana, cometo erros, loucuras e vez ou outra sou infantil.  Mas chega uma hora que a gente cansa, e eu cansei de correr, de me esconder, de ser fugitiva.

Quero minha liberdade de ser de volta, quero o meu eu falando mais alto, quero minha opinião exposta e levada a sério. Quero existência de dentro para fora. E se eu quero, eu vou ter. E disso não abro mão. Não mais. Chega de ser movida por algo ou pelas vontades dos outros, chega de calar quando preciso falar. Agora, se preciso falar, eu falo, se o jeito for gritar, eu berro. Vai ser assim, e quer saber? Tô nem aí.

Me libero, me solto, me encaro. Se quiser, me enfrente, me aguente. Segure a onda. Do contrário, a-d-e-u-s, me supere. Escolhe, a opção é tua. E de uma coisa eu tenho certeza, isso não é mais problema meu. O tempo passou e eu descobri que não adianta eu ser a fofinha, a boazinha, a queridinha. Chega de inhas por aqui. Tem coisas que não cabem mais em mim, não combina, não bate, não rola. Me focalizo, primeiro eu, segundo eu, terceiro eu... O resto? Depois a gente ver. Sorry, mas hoje o meu nome também se chama intolerância. Prazer. 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O que pesa mais?







Existem coisas dentro de mim que não calam a boca. E uma delas é o tal do relacionamento. Então pensei: quem disse que ele é fácil? E quem falou que amar é fazer cara de oba-oba-tô-feliz o tempo todo? Se você pensa assim, meu bem, não se engane. Dá uma trabalheira danada. É. Só amar não basta. Exige de você esforço, aliás, porções dobradas e multiplicadas por mil de pa-ci-ên-cia. E não é só isso, coloca aí no meio cumplicidade, compreensão, dedicação, respeito... Jogo de cintura.

Homens procuram mulheres perfeitas (e nem queira saber o que é ser perfeita para eles) e mulheres, príncipes encantados (também não procure saber). Puf! A gente vai crescendo e vai vendo as coisas de outra maneira. Tudo fica mais claro. Porque tem homem que está mais pra sapo do que pra príncipe, e perfeição é utopia. Então me dei conta que eu tenho que simplificar a vida. Não espero esse tal príncipe, sei que ele nunca vai vir, porque ele não existe. Mas quero um amor forte e real. Quero amar bem, ser bem amada. E feliz. 

Lidar com os hábitos do outro, com as manias esquisitas, com aqueles defeitinhos que só nos fazem ter vontade de voar no pescoço de tanta raiva, é tarefa árdua. Vale à pena? Quando o amor é grande o suficiente para que a parte boa cubra a que não é, eu digo que vale sim. Do contrário, prefiro chutar o balde, o pau da barraca, e mandar tudo para puta-que-pariu. Desculpa, mas não vou pedir desculpa pelo que eu disse. O mundo não é só cor-de-rosa, eu sou normal e também chamo palavrão. Mas, voltando ao assunto... É questão de balança, você coloca tudo nela, analisa direito e ver o que pesa mais. E um dia toma coragem e decide.

O Desapego não é como um click. É todo um processo chato que você pensa que nunca irá conseguir. Pensa que não, mas consegue. O medo existe e se bobear, ele te paralisa. O tempo não espera a hora de você se decidir. A vida continua passando por você a cada segundo, e cada segundo de um minuto é tempo desperdiçado com o que não te faz tão bem. Você pode até se fingir de tonta, mas se a situação for essa, dentro de você há algo que te sacode, que te inquieta e não se conforma. Então eu prefiro não acomodar. A gente sabe o que sente, sabe o que quer, sabe do que precisa. E mais, sabe do que merece.

E volto a dizer, relacionamento não é moleza e pessoas são complicadas. Eu sou, você é. Sempre seremos. Mas tem gente que vale essa montanha-russa do doce e do amargo, do sorriso e do coração apertado, dos dias bons e ruins. Que vale a gente meter a cara, se despedaçar toda. Porque amar dói. Amarrota e rasga. Mas costura, remenda, se emenda. Se reconstrói. E a vida é isso, a gente cresce e cansa de esperar príncipes e deixa de querer ser princesinha. No meu castelo o encanto está no imperfeito e no real, camisa suada e final bonito. Porque apesar de, tem pessoas que valem o esforço, valem o mundo, valem tudo. Vale você. 






Karine Melo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Do sentir.







Olha ao redor, para todos os lados,
em todas as direções.
Não sabia o que pensar, não sabia o que fazer.
E nem para onde ir.
Mas sabia o que sentia.
Sabia, sabia...
Fechava os olhos, e respirava fundo.
Quietinha, sem perceber,
suspirava...
Como quem guarda um perfume.
Um sorriso,
Um segredo.







karine Melo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mas há quem diga..







Ainda é mistério. Mas há quem diga que ela gosta mesmo é de tempo bom, estrelas incontáveis e céu aberto. Fala quase tudo que pensa, e pensa quase tudo o que diz. Ela é muito mais do que qualquer palavra não dita. Aprecia verdades, certezas e pé no chão. Mas adora inventar novas histórias, dessas quase inconfessáveis. Ela fantasia, sonha e fantasia mais. Vive no mundo daqui e de lá.

Há quem diga que a sua personalidade é forte, que a teimosia é a sua melhor amiga, e que tédio é palavra que não combina com seu dicionário. Dizem por aí que ela tem um perfume que não se traduz, um olhar que confunde e um jeito que não se define. Parece que tem dias que ela acorda e olha pra vida como um faz-de-conta, rir que nem criança e permite ser meio tola e meio boba, só para não ter que levar tudo tão a sério. Tem coisas que ela sente por completo, vive por completo, por todos os poros, por todos os lados, que tira o fôlego, que vira explosão. Segredo. E é disso mesmo que ela gosta.

Há quem diga que ela faz tempestade num copo d’água, que é inquieta, é desassossego, e dá trabalho. É tudo, é nada, é nem aí. Ela é também o desejo de ficar à toa, de boa. Mas numa boa, ela não é só o que se vê. Ela se renova, se reinventa, não perde a essência. Faz das quedas um ponto de recomeço. Tem um passo que não desiste e uma liberdade que ninguém aprisiona. Como borboleta, ganha asas. Voa leve e solta, colorida. Livremente, cheia de vida. Pousa e repousa naquilo que tem cheirinho bom de descanso. Naquilo que faz seu coração sorrir e pedir pra ficar. Inventa e aprende um novo jeito de olhar adiante. Mais uma vez e sempre. Suspira e acredita.







Karine Melo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um despertar.





Começo a escrever baixinho. Deve ser aquele receio que eu tenho que as palavras me dominem. É bem provável que elas desvendem o que ainda nem me dei conta. Mas confesso, hoje eu gostaria de me entender. Gostaria que o meu coração me chamasse para ter uma conversa demorada, e séria. Ahh, como eu queria que ele me contasse tudinho que eu preciso saber ao meu respeito. Sinceramente, eu não sei o que se passa por dentro. Na boa, eu não sei. E nada tenho haver com essa confusão de sensações. Ou tenho?

Me vejo diferente, esquisita, estranhamente inquieta. Acho que acordei para algumas coisas que estavam adormecidas. Valores, princípios e um cuidado a mais por mim. Na verdade, existem coisas que são minhas, só minhas. Tão minhas que me agarro com elas até que tudo ganhe o sentido que eu preciso. É um estranho fluxo de pensamento. Um despertar. Uma quase certeza que a minha história ainda tem algo a me contar. Eu sei que tem.

Não quero mais a mesmice, o comodismo e o que ainda é dúvida. Não aceito uma realidade que não seja pelo menos um tracejado do que eu desejo. Quero os meu sonhos de mãos dadas com o acaso, e que eles me levem aonde eu devo chegar. Não tenho pressa. O que vem depois, não se explica, simplesmente acontece.

O segredo é que eu vou começar a respeitar as minhas vontades, vou correr os riscos que tanto a minha alma insiste. Eu me rendo, eu me enfrento. Quem sabe numa manhã dessas eu acorde distraída e o medo vire coragem. Quem sabe. Quero mais é ousadia. Quando o vento tiver ao meu favor, pegarei carona com ele. Vou saber para onde ir e o que levar comigo. Já que a vida sempre reserva surpresas, digo sim para elas. Deixo rolar.



Karine Melo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

É simples, felicidade.





Tudo é momentâneo. Passa rápido, voando.  Num piscar de olhos, o que era colorido pode ficar cinza-chumbo. Em outro piscar, o que era escuro, pode fica claro, reluzente. É desse jeitinho sim, oscilando. É. Acostume-se.
Muitas vezes, não nos sentimos felizes por causa da teimosia. Da insistência em querer que as coisas sejam exatamente como queremos. E de quebra, ainda esperamos recheio de chocolate de sobremesa. Doce ilusão, isso sim. O resultado é certeiro: decepção. E daquelas bem amargosas. Sabe por que, meu bem? O ser humano é totalmente imperfeito, e sempre será.
O que faz a diferença é esperar menos, bem menos dos outros. Ninguém pode ser responsável por nosso bem-estar. É algo individual. Pode ser clichê, eu sei, mas é o que acredito.
Penso que felicidade de verdade é aquela sensação de se sentir em paz com o mundo, e mais ainda, com você. Consciência tranqüila de quem, antes de tudo, teve uma conversa séria com o coração, entrou num consenso com a razão, e depois disso conseguiu agir certo. Ou pelo menos acreditando que sim.
Felicidade não fica de bobeira por aí a fora não. N-Ã-O. Ela encontra-se bem aqui, dentro de mim e de você.
 Ela é um negocinho simples, sabia? Pode apostar. Por isso, é bem possível que ela chegue disfarçada de simplicidade, podendo passar despercebida e, sem querer, ir embora. Sem ao menos enxergarmos o valor e a beleza que aquilo trazia. Felicidade talvez seja isso, sutilidade. Pequenezas abstratas, visíveis apenas por aqueles que sabem olhar. Além.



Karine Melo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Das possibilidades.







De dentro pra fora, tudo de se renova. Ganha vida, cores e motivos. O que virá ainda é pergunta. Ela não entendia o porquê das coisas. Não entendia era nada. Depois de tanta doçura nas insistências, o que virá? Importante mesmo é o que se deseja, e a doce sensação que isso trás. Loucura... E por que não? Entre um olhar e outro, tudo é transitivo. Há um despertar. Pelo novo, pelo que ainda não se conhece. Entre a imaginação e a realidade, há possibilidade do improvável acontecer. Mas ela sabe que há mistério nisso tudo, e que é bom de se sentir. É certo que os sonhos não se perderão por aí. É bem certo que hajam pássaros no meio do caminho cantando sua melodia favorita. O enlace entre o querer e o ter. Quem sabe. E se nada for tão belo quanto se espera, não faz mal. Sempre surgem novas notas, que soam suave no ouvido, caem direto no coração e transforma uma vida inteirinha. É certo, o riso, o afeto. É bem certo. Tem que ser, tem que ser...






Karine Melo. 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Não desista, nunca.








Não desista dos seus sonhos;
Não desista de ser feliz; 
Não desista de ser você;
Não desista de acreditar;
Não desista, não desista...







Entrei na onda também: http://twitter.com/@/krinemelo








Karine Melo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Se acorda, se joga.







Viver nos impulsiona a arriscar. Como pular de um precipício sem saber se lá em baixo vai ter alguém de braços abertos para te segurar (salvar?!). Viver é aprender a confiar. É se jogar lá do alto sem ter medo do tombo. Tudo bem, desculpe-me. Vou ser mais realista com você. Às vezes dá um medo desgraçado. E como dá.
Lembro de sentir um medo enorme. De ir, de ficar, de resistir, de não suportar. Medo de esquecer, de lembrar. Medo das descobertas, das coisas encobertas, do novo, do velho, do que se foi. Do que virá. Lembro das inúmeras sensações que me vendaram os olhos, que me amordaçaram a boca e que me taparam os ouvidos. Lembro do quanto o meu coração gritou: E agora?!?

Dia desses me disseram que sou dramática, que faço tempestade num copo d’água, que eu precisava relaxar um pouco e abstrair mais. Mas não tem jeito. Se há algo me incomodando, nunca, nunca consigo ficar no estado relax. Acontece que eu vivo para sentir. Sou a menina das emoções radicais, que tudo sonha e idealiza. Mas também sou o tipo de mulher com os pés no chão, que tudo calcula e ainda tira a prova dos nove. Sinto demais, penso demais, exagero demais. Meus sentimentos são à flor da pele e os meus cinco sentidos são bem aguçados. Intensa. Sou assim e ponto.

E um dia, ainda quando nada ia bem, lembro também de não mais sentir medo. Lembro de superar o que parecia insuperável. Uma mistura de força, de alívio, calmaria. Mudança de foco. De lugar. De sentido. Um imenso amor-próprio me sacodia por dentro, por fora, por toda parte. Por todos os lados. Um prazer e um conforto de estar em minha própria companhia. E tudo ficou mais interessante.
E novamente me apaixonei . Por mim. Me descobrir, me re-des-co-brir. Me vi inteira. Me encontrei. E isso não se descreve, de tão maravilhoso que é. Respirei coragem, pisei fundo, retomei o fôlego. E fui. Encararei o lado escuro, o que não se sabe, o que não se entende, a dor. Experimentei a liberdade e ela me experimentou. Aprendi. Aprendi que nada pode ser maior e mais forte do que a esperança. Nada pode passar por cima e falar mais alto do que o meu valor. Nada

No final das contas, só Deus e o tempo para saber aonde enfim chegaremos. Tempo, tempo, tempo. Insisto em falar nele. Ele é sábio. Revelador. Insisto mais ainda em dizer que Deus sabe todas as coisas e que a Sua vontade é boa, perfeita e agradável. Ele tem o melhor. Para mim. Para você. É fato, é promessa. É luz.
A jornada é grande, os desafios, incontáveis. Eu sei. O que importa é não desistir, não se abandonar. Permitir que o coração ferva com aquilo que faz vibrá-lo. Buscar o que se quer, o que se planeja, o que faz brilhar os olhos. Sonhar. Sonhar dormindo, sonhar acordado. Viver. Ter fé na vida, no amor, e no que se deseja. Estabelecer metas, ter alvo. Correr atrás. Fazer acontecer.

Sou da tribo dos que quando quer alguma coisa, luta até o fim. Se der, deu, se não der, é porque não era pra ser. A consciência tranquila prevalece, de que foi feito o possível, de que dei o meu melhor. O olhar é para frente, prossigo. Entenda que nada é em vão, nem por acaso. E quer saber? Às vezes nem precisa ter razão. Só emoção, coração. Acreditar. Esse é o meu lema. Ainda que doa, ainda que eu tropece, ainda que eu caia. Mas eu levanto. Cada vez mais forte, cada vez mais resistente. Mais e mais. Porque essa é e sempre será minha palavra favorita. Acreditar.

Roda gigante. Comparo a vida assim. Ela gira, gira, gira. Gira um pouco mais. Mas não para. Você pode até parar, mas ela não. Dá voltas e voltas. Nos confunde, nos inquieta, trás dúvidas, certezas, paz, tormenta... Ahh, e se eu fosse continuar, não caberiam em linhas. É mesmo um mistério, uma loucura. Uma delícia também.
E vamo que vamo. Oscilando entre ser criança e ser gente grande. Porque ser adulto o tempo todo, cansa e é chato pra burro. Pois essa vida que não é nada fácil, é a mesma vida que também é capaz de fazer cócegas na alma e em todo resto do ser. Sorrir. Ter ânimo. Se alegrar que nem criança quando ganha de presente o seu brinquedo favorito. É um misto de tudo isso e muito mais.

Lá do alto, vejo diferente, tudo é maior do que se vê, maior do que se sente. E rodo, e giro, juntamente com o mundo. Na mesma freqüência, no mesmo balanço, na mesma sintonia. Bem assim. Com a certeza que sempre haverá um por do sol à minha espera. Para ser visto sem pressa. Com mais calma, mais alma. Novas cores, novos sabores, de felicidade. E se você também é do time que adora experimentar novas emoções, vem cá. Abre os braços e se joga daqui comigo!


 
 
Karine Melo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Do que lateja.



É primavera, mas em mim, o inverno não se foi. Chove. Tempestade. Frio. Acho que não sei viver, e se eu sabia, me desculpe, não sei mais. Alguém sabe arrancar de si um sentimento forte e bonito?
E não me venha com aquela velha conversa que só o tempo. Não.
Quero agora, já. O tempo é longo, demora, rasteja. Eu tenho pressa, meu coração é teimoso, burrinho, frágil. Ele não entende essa coisa de tempo. Ele me aperreia, me incomoda, me inquieta, ele lateja, domina.
Ele me pede aquele outro coração que fazia par com ele. Me implora por aquele que se foi. Ele não quer saber de outros assuntos e distrações. Ele nasceu para o amor, e o amor para ele.
Ele grita, esperneia, fica carente, faz bico, de triste. Ele faz doer. Dor que arde, queima, invade. Toma conta. Dor que não se vai, que não me deixa. Nem por um momento, nem por um instante, nem por um segundo. E eu quero respirar, eu quero encher os meus pulmões de vida. Eu quero ver o colorido da estação das flores. Eu não posso perder mais nenhum dia de sol. Mas força para isso, às vezes parece faltar.

- Ahh , coração, cala de vez a tua boca! Engole todos os teus motivos. Ainda não podes ver que perdeu o sentido? – Ordena a razão.

Lá na frente encontramos as respostas para todas as perguntas e inconformações de hoje. Quem sabe no final das contas eu dê uma boa risada disso tudo? Quem sabe.
Mas de uma coisa eu sei porque sei.. Sei porque acredito. Um dia, vou olhar para trás e dizer: Meu Deus, tinham razão, pois num é que o danado do tempo resolve mesmo?!  Tudo passa... Como fostes tolo, coração!

 
 
Karine Melo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sobre as interrogações.




Sempre fui de querer demais. Pessoas assim acabam também esperando demais. Deve ser por isso que tudo parece pequeno para mim. Pouco, insuficiente. E às vezes, vazio. Hoje quero uma direção. A certa, por favor. Na realidade eu queria certezas, odeio dúvidas e confusões na minha cabeça. E me sinto assim, perdida. Perco o sono, perco a paciência, perco a noção, perco o senso, perco mais, perco tudo, me perco.

Pego os sentimentos, as coisas bonitas, as feias, os fatos, os fardos, e penso. Repenso. Olho para o lado, para o outro, imagino, reflito, peso, meço, e não encontro saída. Aliás, saída tem, muitas, incontáveis, infinitas. Então me diz, qual a melhor? Qual decisão tomar? Qual rumo? Qual é a estrada menos esburacada? Qual é o caminho que vai causar menos danos e prantos?

Respostas, cadê vocês? De uma vez por todas, apareçam. Preciso tanto, mas tanto que vocês dêem o ar da graça. Me perdi, alguém aí me acha? Alguém aí me ajuda a me procurar? Estou com saudades de mim, daquela menina bem resolvida, sorridente e de coração leve. O que há de errado? Qual é o meu problema? Onde estou? Quem é você, quem sou eu? O que eu quero? O que significa a vida, o mundo e as pessoas? Aonde vim parar, para onde estou indo?

Interrogações transbordam, sufocam, e isso é cansativo. Demais até. Tudo bem, eu sei que não há nada melhor que o tempo para colocar tudo no seu devido lugar. Sei, sei, sei. Além do mais, sei também que tudo passa, tudo se resolve e a vida continua. Bingo! Mas vem cá, quanto tempo demora o tempo? Vai demorar? Estou na sala de espera. Tic, tac, tic, tac...






Karine Melo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A vida, sendo ela assim.




É assim. Viver é dá passos largos, curtos, é dá meia volta, e muitas vezes, voltar atrás. Além de tudo, é prosseguir. É descobrir, é se descobrir. É seguir uma direção que achamos que é a certa, mas na realidade, nem sabemos onde ela nos levará. Mistério. É isso. Viver é complicado e incerto, mas ao mesmo tempo, delicioso. É ter dias de coração apertado, alma latejante e rosto molhado. Mas é também estar cercado por motivos e razões que fazem nosso eu brilhar e sorrir, de feliz.
Dentro da gente, tudo cabe. Cabe uma porção nova de esperança, de confiança, de amor... Pelo viver. Cabe mais coragem para olhar para si e dizer: eu reconheço o meu valor e o que é bonito em mim. Eu posso, eu consigo, eu vou. Porque a criança que existe em mim faz sentido, e a mulher também.

A vida se revela em momentos e lembranças. Em encontros, desencontros, dúvidas e certezas. Em saberes e sabores. Em ilusões, emoções, decepções, e outros ões.
É assim. Onde tudo é transitório e nada é estático. Assim como as quatro estações, que mudam suas formas de uma para outra. Ou como a Lua e as suas fases, que mesmo com toda sua beleza, se esconde por entre as nuvens nos dias carregados. É a inconstância do viver, do sentir, do existir.

Há coisas que passam lento, outras, rápido demais. E se for tudo ao contrário do que se espera? E se a gente deixar fluir? E se?
A vida é o que acontece entre uma possibilidade de uma ideia e outra. Entre um sonho e outro. Um cair e levantar. Um lutar e realizar. Um ir além. Superar. É assim. Viver é metamorfose, é labirinto, é oscilação de estado e sensação. È não desistir, é aprender, é esquecer. É crescer.
Viver é, sobretudo, confiar, ter fé. Que apesar dos altos e baixos, ainda existe a vontade de sermos melhores, completos, felizes. Existe a promessa que a primavera trás de florir. Um impossível que se transforma no possível. Basta acreditar.
A vida, sendo ela assim. Complicada e Simples. É o agora. É cada respirar e inspirar. É suspirar. É uma magnífica bobeira, é um sei lá. É isso. Viver
 
 
 
 
Karine Melo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Devagar e urgentemente





... Lentamente, ela caminhou até ele lançado-o aquele olhar. Aquele.

Ele estendeu a mão e disse-lhe:

- Venha, não demore. Te preciso.

Ela, percebendo a pressa dele, respondeu:

- Quero você devagar e urgentemente.

Com a boca bem perto do seu ouvido, sussurrou ele:

- Quero você de todas as formas possíveis. A quero só para mim.

Ela, preenchida pelos seus braços, disse-lhe:

- Eu sou tua, apenas tua...e não quero que essa noite chegue ao fim.

Disse ele em um tom, no entanto suave:

- Nem eu.. Nunca amei alguém assim, e é tão bom...




... E eles fizeram com que aquela noite se tornasse inesquecível. Como uma doce aventura de querer, como uma doida sensação de entrega. Ultrapassaram limites, se completaram. Um sentir. Entrelaçar. Ter.




Ei, você, aí, não é nada disso que parece...

[É bem melhor!]







Karine Melo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Coração, razão... Hãn?




Meu coração tem asas, viaja, voa, voa, voa. Mas não se esqueça da razão. Sim, ela mesma, ela anda a pé, e descalça. Gosto das coisas limpas, bem resolvidas e esclarecidas. Branco no preto e preto no branco. Não é fácil, por mais que eu tente, me esforce, tem coisas que realmente emperram. E pior, não depende só de mim. E sabe o que me deixa bastante irritada? Não sei ficar com nada engasgado, nada entalado. Porque as palavras gritam, esperneiam, me sufocam. Eu preciso soltá-las, desamarrá-las, deixá-las livres. De alguma forma, eu preciso falar. Ainda bem que escrever alivia. Então vamos lá para mais tec-tec no teclado.

Não aponte o dedo para mim e nem muito menos atire pedras. Chegue perto, fale, ouça, preste atenção, me entenda, se possível, me compreenda. Mas por favor, não me julgue. Quem consegue o que quer na base da arrogância? Me diz? Quem? Comigo não. Nem vem.
Ódio e rancor nunca foram desculpa para não enfrentar o tal olho-no-olho, e o perdão existe para quem sabe perdoar. E se ainda não aprendeu, descubra, aprenda, perdoe. Do contrário, você estará adiando felicidade, e, quem sabe, quando você se der conta disso possa ser tarde demais. Orgulho está fora de moda e tem sinônimo de imaturidade. Não leva ninguém à lugar nenhum. Só à perda, e só. Você só se afunda cada vez mais no poço escuro e sombrio. Eu não sou perfeita, nunca serei, e ninguém será. Nem mesmo você.

Se uma coisa é importante para ti, não desvalorize, nem ignore. O coração é um músculo, se não exercitá-lo, ele enfraquece, atrofia, para. Comigo é assim, sempre foi, sempre será. Nunca pense que todo sentimento forte e bonito é intacto. Se ele não recebe o que precisa, ploft! Não há garantias. Ele se modifica, se transforma. De um jeito ou de outro. Então, não arrisque.

Não jogue comigo, não brinque, não me desafie, não me rotule. Não há uma definição certa para mim, mas tenho uma alma que não cala, não dorme. Comigo, silêncio e indiferença fazem efeito contrário. Sim, machuca, dói. Mas entenda, e acredite: um dia a dor deixa de doer e simplesmente se vai. Evapora. Então, não demore, meu coração pode ser sensível, bobo, e mole. Mas existe a razão, e a minha tá ficando mais falante, mais esperta. Atrevida.

Bem, vou deixar de blá-blá-blá e recorrer a ele:

– Garçom, me traga uma dose de amnésia e duas de desapego, por favor?

– Vai uma de amor também, moça?

– Não, não, obrigada. Só as que eu tô precisando mesmo!
 
 
 
 
Karine Melo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Aprendiz.



Teimosia é o seu lema, não desiste fácil. Luta, luta, luta. Mas, vai até onde o seu coração permite, e sua força também. Ela tem limites. Chega uma hora que ela simplesmente se resolve. Porque têm coisas que ela vai deixando, deixando, deixando pra lá, sem nem perceber, sem nem sentir. Quando menos se espera, acontece.
E chega um novo sonho, inteirinho, ao seu dispor. Com mais luz, mais cor, mais sabor. Com mais vontade. Aquele mais que faltava, aquele que está à altura do que ela merece. A tal felicidade. E mesmo sendo um pouco clichê, ela descobriu que é isso que importa. Nada mais.
Por isso, os dias não tem sido iguais, não dentro dela. Lá, tudo se modifica, se transforma, muda de lugar e direção. A vida revira as certezas. Balança as bases. Sacode, chacoalha.
Não, ela não tem mais aquele medo de tombar em certos sonhos. Ela não tem receios que algumas coisas andem por caminhos que não se esperavam. Bom mesmo é se descobrir, ser inteira. Grande. E ela é. Porque tem mundo que não a abriga, tem espaço que não a cabe, é pequeno demais. Ela é maior que isso. E foi assim que ela cresceu: acreditando. E por acreditar, ela perdeu o medo.
E vai esquecendo todo o resto. Resto que não tem valor, que perdeu o sentido, resto que não vale à pena. Resto que é resto. E só.
Ela é aprendiz, não se acomoda. Não se reduz. Ela é aquela mulher que, mesmo sendo um pouco menina, cresce. Se supera. Se constrói. Acorda.



Karine Melo.

sábado, 11 de setembro de 2010

É sim.




Eu te amo. Não, e não é porque você tem o mais lindo par de olhos que os meus já conheceram. Não é porque tua boca tem um gosto doce que jamais a minha provou antes. Não é porque o teu abraço é tão quente e tão gostoso que me faz sentir pequenina nele. Não é porque o teu colo me faz adormecer como criança e acordar sorrindo.
Não é porque você tem um cheiro que me desnorteia os sentidos. Não é porque a tua pele tem uma cor que se destaca na minha. Não é porque o teu sorriso me ganha, me desarma e me convence. Não é porque os teus cabelos brilham mais do que os meus. Não é porque você me diverte. Não é porque juntos temos as mais loucas crises-de-riso. Não é porque tua companhia é agradavelmente incomparável.

Não é porque praticamente temos o mesmo gosto de filmes, músicas, comidas e etc. Não é porque você todos os dias pela manhã me manda torpedos que me deixa meio boba. Não é porque a tua voz é grossa e mansa ao mesmo tempo. Não é porque o teu carinho satisfaz a minha alma. Não é porque você me conhece tão bem como ninguém jamais conheceu. Não é porque você faz de tudo para me agradar.

Não é porque você me diz exatamente aquilo que eu preciso ouvir. Não é porque o teu coração se comunica tão bem com o meu. Não é porque você me apaixona tão facilmente. Não é porque você atura minha TPM e minhas crises existenciais. Não é porque você não nos deixa cair na rotina, não é porque você me proporciona os melhores momentos. Não é porque você repete várias vezes em uma noite que eu sou linda.

Não é porque você decifra os meus sonhos. Não é porque você não desiste de nós e nem porque nos vêem como um casal bonito. Não é porque você enche minhas bochechas de beijinhos até perder o fôlego. Não é porque o teu mimo e o teu dengo me preenchem. Não é porque você sabe de tudo o que eu gosto, e do que eu não gosto também. Não é porque você vive em mim, e eu vivo em ti.

Não é porque você me surpreende e consegue ser adoravelmente imprevisível. Não é porque você desperta em mim um desejo louco e nem porque o teu corpo se encaixa tão perfeitamente no meu. Não é porque sempre me bate aquela ansiedade toda vez que eu sei que vou te ver. Não é porque você segura firme minha mão só para mostrar a todos que estou contigo. Não é porque você me ama e me completa de tal maneira que nunca me falta porquês.

É sim, eu te amo. E é por todos os porquês que existem, e até por aqueles que eu ainda nem descobri. Não é porque. Não é por nada. É por tudo. É porque.






Karine Melo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cultivando...




Despertei para alguns detalhes. Acredito que se olharmos de verdade nos olhos do outro, possamos, sem muitas palavras, compreende-los melhor, e até a nós mesmos. Sensibilidade. Percepção. Como precisamos disso. Detalhes que se transformam em coisas imensas. Como uma muda de planta. Como miudezas que crescem, crescem, crescem como árvores fortes e bonitas, dentro da gente.

Às vezes precisamos calar. Sentir. Deixar o coração falar. Ele sempre fala. Com calma, clareza, com a delicadeza que tem. E tudo muda. Muda quando cuidamos da terra que se chama a nossa alma. Muda quando plantamos sementes de coisas boas. Muda quando cultivamos o que nos faz bem e arrancamos o que não faz.

Ervas daninhas, espinhos, breu no caminho, aparecerão. Claro que sim, faz parte. O trabalho é árduo. Se fosse fácil, não teria tanta lindeza no final. Mas, nessa terra, somos os donos, temos a escritura. Ninguém toma. E se tentarem, lute, não permita. Nela, a gente manda, planta, poda, colhe. A felicidade não é utopia, ela existe. Deixe que ela entre. Deixe, enfim, que ela esparrame seus ramos e compartilhe seus frutos.

Então, que nada nos faça perder o entusiasmo de semear de novo, de semearmos outra e outra vez a terra que, por direito, é nossa. Que a gente cuide com todo carinho que ela merece, que a gente permita que ela se torne fértil. Porque o segredo da vida é isso: um eterno cultivar, um para sempre acreditar e não desistir. E eu sei, eu sei que florescerá.





Karine Melo.

domingo, 5 de setembro de 2010

Motivos e Razões.





Descobertas. É isso que o amor nos proporciona. Em mim, sempre descubro sorrisos, cores e motivos. Um sentido a mais, um querer a mais, cada vez mais forte. E só aumenta. Razões e razões para desejar um para sempre com você. Um tipo de emoção que a alma escolheu. Um estar junto que me leva às alturas em fração de segundos. Um estado que nos faz perceber que a felicidade não vem de fora, mas sim daqui, do lado de dentro da gente.

É como caminhar pelos dias com uma sensação de que vale a pena acreditar no amor. Não dá para definir, mas é gostoso, leve e doce. Toma a gente nos braços, trás conforto, joga fora o cansaço. Nos envolve. Renova. Enche de vida.
Quero aprender a decifrar todos os teus gestos e todos esses teus enigmas. Quero traduzir teus diferentes olhares, teus silêncios, tuas palavras e as diversas maneiras que você tem de fazer com o que meu coração se comunique com o teu.

Quero saborear o latejar da vida contigo, quero caminhar ao teu lado, quero voar junto e pousar no mesmo chão. Feito criança e feito mulher, quero correr pro teu colo. Quero as tuas brincadeiras, os teus sorrisos, os teus humores. Quero tuas loucuras, tuas aventuras e as tuas esquisitices. Quero o teu lado sério e teu lado menino. Quero ser a tua maior alegria. Quero teu tudo, só para mim.

Entre nós, existe um sentimento que sempre cresce, que se fortalece, que nos permite sermos mais felizes e olharmos mais a diante. São essas coisas. São mais coisas. São por todas e infinitas coisas. Que te preciso. São razões que me fez entender que é você, que é só você que eu quero. Hoje, amanhã e para sempre. O tempo todo.



 
Karine Melo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Deve ser.





Há coisas que dispensam entendimentos. Mas sentir, se faz necessário. Acreditar, mais ainda. Dia após dia, vamos caindo e levantando. Empurramos o coração a fazer valer. Melhor dizendo, empurramos a razão. O coração é involuntário e ele sabe o que faz. Mesmo?
Deus tem sempre o melhor guardado para nós. Fato, fato, fato. Ele mesmo cuidou em me mostrar isso há algum tempo. Portanto, é uma forte convicção, uma verdade que eu levo e que se mantém viva dentro de mim.
Nada é à toa. Nada é sem razão. E com certeza, nada é por acaso. Tudo se torna um tudo e um todo. Tudo, de algum jeito, se completa. E em meio a imperfeições, encontramos o perfeito que realmente importa. Detalhes, delicadezas, e a paz de um sentimento bom. Algo raro, precioso. Intocável.
Pertinho da minha janela, os pássaros parecem ter se multiplicado. O sol resolveu aparecer mais reluzente. Junto com ele, as flores, os sorrisos e uma nova canção. Deve ser a chegada de Setembro. Deve ser a primavera batendo mais cedo em minha porta. Deve ser a parte bonita da vida. Deve ser você. Deve ser o amor, deve ser nós. Deve ser.



Karine Melo.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dia de faxina.





Hoje pela manhã acordei pensando em coisas. Melhor dizendo, dormir e acordei pensando em coisas. Por favor, não faz essa cara de tédio que quer dizer: ah, lá vem essa loira-sem-graça com aqueles papos. Desculpa, mas eu vou falar. Se não tiver saco para me aguentar, é simples. Basta clicar no X lá no cantinho direito da página. E eu vou entender. Mas se tiver, puxa a cadeira e fique á vontade. Você sabe, gosto da sua companhia.

Eu sei que tem dias que, definitivamente, a gente nem entende porque estamos nesse mundo-de-meu-Deus. Por mais que sua melhor amiga diga olhe-é-assim, não adianta, há certas teorias que ficam difíceis de entrar na nossa cuca. De repente, analisando direitinho, percebo que tenho que me submeter à alguns processos de limpeza cerebral. Isso mesmo. Arrastar os móveis, sacudir o tapete, tirar o pó, desentortar os quadros, jogar o lixo fora, varrer e passar Brilux, em tudo.

A cada dia que passa, acho as coisas mais difíceis. Sem contar que, entendo cada vez menos humanidade. Provavelmente você, que vez ou outra, firma os pés no chão, de algum modo, possa concordar comigo. As pessoas precisam urgentemente acreditar. Em Deus, nelas mesmas e em algum sentimento que as faça ter sede vida, um sentimento do tipo inabalável.

Vejo terminar vários relacionamentos que tinham tudo pra dá certo. Vejo amizades sendo interrompidas por bobagens. Intrigas em família, mau-humor constante, e por aí vai. Porque simplesmente ninguém sabe ter paciência, ninguém se tolera mais, ninguém entende que não existe perfeição, em nada.

Diariamente, as pessoas jogam tudo pro ar por causa de um aborrecimento, explodem, saem de si, agem como doentes. É tanta gente chorando de barriga cheia, é tanta gente se prendendo ao desnecessário. Parece que o respeito, a consideração e os bons sentimentos foram passear, e longe. Voltam quando? E Se voltar! Pelo amor de Deus, me diz, o que é que ta acontecendo com o mundo?

Bem, mas eu falava da minha faxina cerebral. Pessoal. Porque é muito fácil ficar apontando os erros e as mancadas dos outros, dizer no que precisam mudar, dizer o que precisam fazer, dizer o que se deve e o que não se deve sentir, dizer e dizer. Vem cá, e nós? E você? E eu? Anda tudo certinho? Eu tenho certeza que não. Sempre tem algo aqui ou ali que está precisando de reparos. Há sempre o que aprender, há sempre uma área que necessita de um cuidado a mais, ou de um puxão de orelha que a nossa própria consciência se encarrega em dá.

Interessante seria se tudo se resolvesse assim, num plim. Mas não resolve. Então, o negócio é olhar para si. Fazer sua parte. Mudar. Se desprender. Seguir. Tirar o sujo da alma, agir sem deixar que o orgulho e a impulsividade tomem conta de você. Ser livre para ser o que você é e não o que esperam que você seja. Livre para sonhar. Para fazer. Para sentir. E de uma vez por todas, parar de culpar e responsabilizar os outros pelos seus problemas. Sua vida, quem faz é você, o caminho é você quem trilha, a escolha é sua, sempre sua.

A gente precisa mesmo é de continuidade. Ansiamos por estabilidade em todo tipo de relacionamento que existe. Queremos ser bem aceitos, bem amados, bem quistos, bem sucedidos, bem, bem, bem. Mas pense bem, também. Será mesmo que estamos indo para o lado certo?

Finalmente, me deparei comigo. E, sinceramente, abri os olhos para algumas coisas. Claro, depois da limpeza minuciosa que eu fiz, bem aqui, na minha cuca. Lembra da tal faxina? Sim, é dela mesmo que estou falando. Foi a partir daí, que eu desisti de ficar pensando em como era pra ser. Agora eu resolvi ser. Desisti de pegar no sono alimentando erros, fracassos e vacilos, meus e dos outros. Não quero mais perder o foco. Simplesmente, desistir de me negar. Cansei de engolir palavras, como também cansei de soltá-las sem freio. Cansei de perder o meu eu de vista. A vida não é isso. E eu mereço mais. Você também, acredite.

Por isso eu me permito mais liberdade, mais leveza, mais sorrisos. E, depois do dia-de-lerê na minha cabecinha, após o Brilux, eu passo o bom-ar, aquele com a mais suave fragrância, e respiro fundo. E vou. Porque o mundo gira, dá voltas, e o tempo não para.




Karine Melo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Querer...




Ter um amor nos enche, preenche, invade. Toma conta. E vou transbordando teu nome, teu cheiro, teu tudo, em mim. Penso em você, desejo você, sonho você. É que eu sou uma porção de marcas e detalhes teus. Vezenquando eu fico meio boba. Deve ser o amor, vai tentar entender. E fico te observando fazer coisas simples, como ajeitar o cabelo, trocar um cd, amarrar o tênis... Fico te olhando e sinto que o meu coração sorrir, admirado. De feliz.
E acredito que o amor é pra ser assim, de verdade. Porque o tempo passa e a cada dia tudo aumenta. Todo carinho, toda admiração, todo querer. E quanto mais eu te olho, mas eu tenho a certeza de estar olhando para uma das coisas mais importantes da minha vida.
E é naquele abraço, forte, inesperado, silencioso e completo, que eu sinto que ganhei o mundo, apenas por saber que nele, eu não estou sozinha. Tenho os teus braços, tenho você. Para mim. E a gente fica assim, colado, inteiro, um todo. Com a sensação de sermos par, de sermos um. Indescritível. O que há entre nós tem gosto doce, tem sabor de querer. Querer sempre. Sempre e cada vez mais. Intensamente.



Karine Melo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sutilezas...



Tem dias que a gente fica assim, recolhida no nosso canto. E o nosso coração interagindo com os pensamentos, com a razão e com tudo mais. Talvez esse seja o modo que eu encontrei para poder esvaziar-me. Sim, de mim mesma. Por vezes, é preciso. Vezenquando, se faz necessário. E é.
Hoje me bateu uma saudade que eu nem sei explicar de quê. Não sei se é de algo, se é de um tempo, se é de alguém, ou se é do que virá. Não sei. Mas bateu.
Uma saudade que tem um perfume que só a alma reconhece. Tem cheiro de flor, sincronia de borboletas e som de pássaros. A vida nos trás surpresas bonitas. Sutilezas. Coisas inesperadas que entram no nosso caminho e a gente nem entende o por quê, mas que tem muito coração. Depois percebemos a importância, o significado e as razões. Depois.
Bem.. por enquanto, vou encostar minha cabeça no travesseiro e continuar a pensar... e por que não, sonhar? Quem sabe eu não encontre explicações, respostas e alguma coisa nova que soe como melodia dentro de mim. Quem sabe eu não amanheça sorrindo. Quem sabe.



Karine Melo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Etc e etc...




O que eu penso, falo. O que eu imagino, escrevo. O que eu sinto, às vezes se esconde dentro de mim. Mesmo que eu queira, que você queira, que você tente, nem sempre me mostro. O que presta, me chama atenção e me interessa. O que não presta, eu chuto, eu corro para bem longe. Coisas que não me acrescentam, é o que eu não quero para mim. O que eu quero, eu insisto, persisto, eu agarro, abraço. Admiro quem enfrenta, quem vai à luta, quem bate o pé, quem consegue ser, fazer. Admiro quem não tem medo. Eu? Sim, tenho medo.

Não tenho receio nem vergonha de assumir isso, mas, me orgulho em dizer que encaro, na maioria das vezes, na medida em que posso, os meus medos. Pior é quem foge, quem se esconde, quem recua. Eu tento. Detesto quem fica em cima do muro. Quem não se decide. Quem não sabe o que quer. Tenho opinião. Defendo as minhas ideias e os meus argumentos. Se for preciso, compro brigas. Encrenco.

Não tente me dominar nem tampouco, me limitar. Não funciono como um click, como um botão on/off. Não sei ser colocada no pause e nem no repeat. Mas te garanto: eu sei exatamente onde fica a minha tecla stop. Mesmo que demore um pouco, chega uma hora que reconheço que devo parar, respirar fundo, tomar o fôlego. Só assim consigo continuar andando. E é nessa caminhada que eu analiso direitinho o que não presta, e deixo pra trás o que não me serve.

Admiro quem se auto-analisa. Acho importante quem se olha nos espelho e ver além, quem procura ser alguém melhor. Perfeição não me agrada, nem existe. Antipatizo com o que é certinho demais. Isso me causa desconfiança, me enjoa. Vezenquando sou dura, fria e difícil. E confesso, é tudo disfarce, faz parte do meu medo. Mas não me escondo. Eu me jogo, me estrepo, me desgoverno, me ferro. Mas não deixo de acreditar em mim, e nem muito menos nos meus sonhos.

Quem convive comigo, sabe. Não sou a toda certinha, a toda boazinha, a toda meiguinha e outros inhas. Eu sou eu, e disso não tenho medo e nem abro mão. Tenho o meu lado bom e ruim. O bonito e o feio. O quente e o frio. O calmo e o agitado. O centrado e o insano. O calado e o atrevido. O doce e o amargo. O feliz e o sem graça. O quieto e o perverso. O previsível e o inesperado. O mais e o menos. O etc e etc.

Sou palavras soltas, inacabadas, completas. Sou, sobretudo, entrelinhas. Não tenho nada à esconder, mas tenho muito o que cultivar, muito o que conquistar, e muito, muito o que preservar. Não precisa de um manual de instruções para me entender, nem de um mapa para me decifrar. É simples. Apenas me veja, me escute, chegue mais perto. Conheça meus sinais. Leia meus olhos, minhas palavras e o meu coração. Me perceba. Me sinta.



Karine Melo.

domingo, 22 de agosto de 2010

Simplicidade





Natureza. Liberdade. Borboletas.
Pulmão enchendo-se de ar. Suspiros.
Sábado. Terra. Domingo. Vento.
Cabelos soltos. Pés descalços. Caminhar.
Amigos. Cheiro. Flores. Pássaros.
Conversas. Aventuras. Sorrisos.
Saúde. Manhã. Folhas. Tarde. Tempo.
Família. Companhia. Cuidar.
Sol. Chuva. Carinho. Cobertor.
Rede. Livro. Descanso. Paz.
Cachorro. Nuvens. Criança. Olhar.
Papel.  Caneta. Pensar. Inspirar.
Som. Palavras. Música. Poesia.
Filme. Passeio. Brigadeiro. Viajar.
Deus. Cores. Sonhos. Respostas.
Cachoeira. Rio. Mar. Adrenalina. Mergulho.
Cantar. Dançar. Brincar. Beijo.
Dormir. Acordar. Planejar. Viver.
Lual. Fogo. Fogueira. Violão. Madrugada.
Pele. Arrepio. Poros. Calor.
Noite. Beleza. Taças. Brindes. Querer.
Mãos. Abraço. Carícia. Desejar.
Momentos. Sensações. Lembranças.
Segredos. Mistério. Conquista.
Apaixonar. Apaixonar-se. Ter.
Amar. Se amar...Ser amado.
Sentir.





[O que te faz feliz?]







Karine Melo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pra quê tanta seriedade?




Acredito que, os pirados, os afoitos, os loucos, os sem juízo, os que dançam, ousam... São mais alegres, mais livres.

Ah, triste de quem não pensa assim... É que a gente vive no mundo tão cheio de prisões e amarras, que às vezes, ser um pouco disso, nos renova e nos faz sentir, sobretudo, vivos.

O que vale é ser gente de verdade. Ter instinto de sobrevivência, sede de emoção, desejo por adrenalina, se embalar em alguma teimosia, se entregar ao sabor dos delírios... Se permitir. Nem que seja de vez enquando, é o que vale. Experimente.


Não se reprima... Atreva-se, viva!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Palavras confirmam, o que diz o olhar.





Olharam-se por alguns segundos.
Assim, parados, um fitando o outro. Mesmo calados, havia entre eles um tipo de comunicação inexplicável. Em seguida, ele chegou ainda mais perto, a puxou pela cintura e disse coisas que ela não esperava ouvir. E era tudo que ela precisava, por isso, o correspondeu na mesma intensidade.
É essa mania incrível que ele tem de ser adoravelmente imprevisivel. Tais palavras penetraram o coração pulsante daquela menina, de tal maneira, que ela teve uma extraordinária sensação de entrega e certezas. Não havia sentimento mais confortável e delicioso do que aquele. Foi como se apaixonar outra vez por uma sucessão de motivos.
E ele nem imagina que o seu próprio olhar o entregara desde antes, dizendo detalhadamente, tudo o que ela logo ouviria. E para eles, corações totalmente desnudados, taquicardia e uma perfeita sintonia.
Momentos como esse, são os que realmente ficam. Para sempre.



 
Karine Melo.

sábado, 14 de agosto de 2010

As razões que o sorriso traz



Dia desses estava minha avó e eu conversando, quando um menino de dois ou três anos de idade passou por nós todo sorridente. Sabe aquela alegria contagiante? Sabe aquelas risadas e aquele sorriso gostoso? Era o dele. Minha vovó disse quase suspirando: ‘ahh, como é bom ser criança, meu Deus... ’ E eu logo pensei: deve ser mesmo a melhor fase da vida. Não tem problema na cabeça, o coração é limpinho, dorme tranquilo e tudo se resume em sorrir, sorrir e sorrir.

Independente de ser criança ou não, ter bom humor é fundamental. Alguém aí discorda? Tudo bem, nada é 100% e manter um sorriso-Colgate o tempo todo realmente não rola. Mas, tem gente que tem uma mania horrenda de reclamar e murmurar por besteira. Nada agrada, nada satisfaz e por tudo se lamenta.

 Nem tudo é cor-de-rosa como gostaríamos que fosse, sempre tem algo nos incomodando e nos tirando do sério. E são justamente esses pequenos-grandes detalhes que nos roubam e ofuscam o nosso sorriso. Sim, mas e daí? Me diz, I-D-A-Ì? Tentar manter o equilíbrio e abstrair certas coisas pode ser a melhor saída, pelo menos para evitar que pire a cabeça. A rotina do dia-a-dia te empurra e te cobra atitude. Sorrir é como antídoto, como remédio. Bem, assim penso eu.

Mesmo que a gente se encontre em meio à dificuldade, quando sorrimos, ela é encarada com mais leveza. Quando fazemos as coisas sorrindo, a tendência é nos tornarmos mais humanos, mais compreensivos para entender os sentimentos, as pessoas e o mundo. É algo que deve ser praticado, exercitado e construído.

O resultado é como um tipo de ajuda para neutralizar a carga das contrariedades. E a vida acaba te mostrando e dando novas razões para se alegrar. Sorrir contamina e abre caminhos. Isso mesmo, funciona. Experimente. E como dizia Charles Chaplin: ‘Um dia sem rir, é um dia desperdiçado’.

Portando, leve um sorriso meu, do tipo feliz e contagiante, largo e verdadeiro!


 
 
Karine Melo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O que se deve compreender, a vida.



Compreendi que felicidade não é algo que bate em nossa porta implorando para nos abraçar. Ela exige de nós uma busca incansável e incessante. Uma determinação que vem de dentro para fora. Um olhar além, uma vontade, um ir à luta sem desistir por causa das decepções e dos obstáculos.

Compreendi que o tempo mostra quem é quem e que os verdadeiros amigos nunca se vão. Eles permanecem ali e te amam por tudo que você é e apesar do que você é. Quando mais precisamos, eles não se escondem, estendem a mão, oferecem o ombro, palavras, conforto e carinho. Os que ficam são o que tem valor para nós. São os que sabem somar as alegrias e dividir a tristeza. Porque esses sim são os verdadeiros e os que realmente contam.

Compreendi que viver é sentir-se livre para bordar e tecer a própria história, escolher os caminhos que te convém, agir à sua maneira, ser quem você é sem se importar com o que os outros vão pensar. Livre para arriscar, para se entregar ao que faz vibrar o teu coração. Livre para sorrir sem depender de outro sorriso. Livre para viver sem medo, sem correntes e sem receios.

Compreendi que a vida é dura, mas é para nos fazer forte, para nos ensinar a valorizar aquilo que não damos muita importância, para nos mostrar a beleza que tem na simplicidade das pequenas coisas. Que há sempre algo que não entendemos, mas que com o tempo a gente descobre. Se você deixar a vida acontecer, pode ter certeza que o que tiver de ser, será.

Compreendi que não há nada melhor do que sentir paz. Sensação de estar bem resolvido com o passado, de ter a convicção que a direção é mais importante que a velocidade. Paz com o mundo, consigo mesmo e com as pessoas ao teu redor. Ir dormir com a consciência leve e tranquila, com a certeza de que agimos certo com quem amamos.

Compreendi que é preciso apaixonar-se. Por uma música que fala muito sobre você, por um verso que traduz teus sentimentos, por um momento que te faz bem e por coisas que dinheiro algum é capaz de comprar. Se apaixonar por um alguém e aceitar que esse alguém apesar de ser o que você sempre quis, não é perfeito. Apaixonar-se pelo que você faz, por uma causa, por um sonho. Apaixonar-se por você mesmo.

A vida é linda. E é preciso pensar assim, porque apesar de tudo, ela é. E mesmo que tenhamos milhares de coisas pela frente a serem compreendidas, não podemos perder a fé e a confiança. Afinal de contas, há sempre um nascer do sol esperando por nós, para iluminar o nosso dia e nos fazer acreditar outra e outra vez.



Karine Melo

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Bem assim...



Sou uma eterna questionadora daquilo que não é exato, até mesmo o definido, não me convence. Sou mesmo avessa à fórmulas certas e a perfeição. Não consigo ser boazinha o tempo todo, meu humor, mesmo que sem motivos, oscila. Minha paciência não é exemplar, e há pessoas que eu realmente prefiro manter distância. Não saio por aí distribuindo sorrisos só para me verem como a miss-simpatia. Sou humana.

Faço as minha escolhas sendo fiel ao que eu sinto e acredito. Mesmo que eu não entenda agora, lá na frente, de algum modo, tudo se esclarece. Se eu quebrar a cara, tudo bem, não importa, tudo passa e no final das contas, serve de lição. Se der certo, ótimo, o olhar é para frente, o alvo é a felicidade, sigo.

Para mim, alegria tem que vir primeiramente de dentro, um estado que não deve depender do mundo lá fora, que deve ser mais forte do que todos os ventos contrários, maior do que todos os desafios e todas as asperezas que existem.

Por isso, desentorto os caminhos, busco novos atalhos, construo pontes, pinto, bordo, invento novas cores, misturo e dou um novo tom, um novo sentido. E se o meu céu estiver cinza-escuro, eu trato de colorir de azul.

E lá vou eu, na tentativa de acertar os passos, de pegar os meus sonhos e lançá-los de lá para cá. Mesmo depois de ter crescido, ainda acredito na vida assim, bem bonita e florida, porque sou criança de alma e coração.




karine Melo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Me acostumei...



Entre as milhares coisas que eu mais amo na nossa história, estão nos momentos em que você fala com aquela cara de menino-sério: te amo tanto...
E entre as coisas mais lindas que existem, tem o teu rosto, o teu nome e o teu som gravado.
Me acostumei com os teus mimos, com os teus afagos e com a tua vida misturada à minha. Me acostumei com as tuas palavras, com o teu sorriso alegre e espontâneo, que é como um antídoto para qualquer estado que eu esteja. 
Me acostumei com o teu mundo e com as inúmeras maneiras que você faz para me agradar.
Me acostumei com esse teu jeito de ficar parado me observando, com esse olhar que tudo diz, sem precisar dizer nada. Me acostumei também com o teu temperamento, e com a forma de como lida com o meu.
Me acostumei com o teu cheiro, com a textura da tua pele e com os vários sabores que tem o teu beijo. Me acostumei com o teu sono, com a tua energia e com o teu ritmo.
Me acostumei com a tua pressa, com a tua calma e com todo o cuidado que trata o meu coração. Me acostumei a ser a tua menina, o teu ciúme e o teu maior desejo. Me acostumei a ser o teu colo, a tua cúmplice e o teu amor.
No mundo tão cheio de possibilidades e improbabilidades, de encontros e desencontros, nos achamos. Meu coração te comemora dia após dia, como se eu tivesse acabado de te encontrar.
Hoje, junto com as incontáveis coisas que eu me acostumei, eu o amo... eu sou tua, eu sou só de você!




Karine Melo

sábado, 7 de agosto de 2010

Ainda mais.





Chovia e fazia frio como nunca. E entre eles, havia uma hora marcada.
 Nela, uma vontade incessante de demonstrar todo o seu amor por ele. Nele, um desejo incontido de aproveitar cada segundo daquela noite, ao lado dela. Seja como for, seja onde for, juntos, sempre tornavam momentos como esses, inesquecíveis, únicos.
Mesmo vivendo coisas desse tipo já algum tempo, percebem que isso não faz a menor diferença. Cada encontro, é como a ansiedade da primeira vez. Um misto de afinidade, saudade e expectativas. Tudo se completou com o mesmo querer: para sempre morar naquele abraço. Então, se reconheceram no mesmo olhar, no mesmo carinho e na mesma frequência. E frio algum foi capaz de intimidar aquele calor mais bonito. O deles.




A noite teve fim.
Foi quando surgiu um desejo ainda mais forte:
O próximo encontro.


 
 
 
Karine Melo.