terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dia de faxina.





Hoje pela manhã acordei pensando em coisas. Melhor dizendo, dormir e acordei pensando em coisas. Por favor, não faz essa cara de tédio que quer dizer: ah, lá vem essa loira-sem-graça com aqueles papos. Desculpa, mas eu vou falar. Se não tiver saco para me aguentar, é simples. Basta clicar no X lá no cantinho direito da página. E eu vou entender. Mas se tiver, puxa a cadeira e fique á vontade. Você sabe, gosto da sua companhia.

Eu sei que tem dias que, definitivamente, a gente nem entende porque estamos nesse mundo-de-meu-Deus. Por mais que sua melhor amiga diga olhe-é-assim, não adianta, há certas teorias que ficam difíceis de entrar na nossa cuca. De repente, analisando direitinho, percebo que tenho que me submeter à alguns processos de limpeza cerebral. Isso mesmo. Arrastar os móveis, sacudir o tapete, tirar o pó, desentortar os quadros, jogar o lixo fora, varrer e passar Brilux, em tudo.

A cada dia que passa, acho as coisas mais difíceis. Sem contar que, entendo cada vez menos humanidade. Provavelmente você, que vez ou outra, firma os pés no chão, de algum modo, possa concordar comigo. As pessoas precisam urgentemente acreditar. Em Deus, nelas mesmas e em algum sentimento que as faça ter sede vida, um sentimento do tipo inabalável.

Vejo terminar vários relacionamentos que tinham tudo pra dá certo. Vejo amizades sendo interrompidas por bobagens. Intrigas em família, mau-humor constante, e por aí vai. Porque simplesmente ninguém sabe ter paciência, ninguém se tolera mais, ninguém entende que não existe perfeição, em nada.

Diariamente, as pessoas jogam tudo pro ar por causa de um aborrecimento, explodem, saem de si, agem como doentes. É tanta gente chorando de barriga cheia, é tanta gente se prendendo ao desnecessário. Parece que o respeito, a consideração e os bons sentimentos foram passear, e longe. Voltam quando? E Se voltar! Pelo amor de Deus, me diz, o que é que ta acontecendo com o mundo?

Bem, mas eu falava da minha faxina cerebral. Pessoal. Porque é muito fácil ficar apontando os erros e as mancadas dos outros, dizer no que precisam mudar, dizer o que precisam fazer, dizer o que se deve e o que não se deve sentir, dizer e dizer. Vem cá, e nós? E você? E eu? Anda tudo certinho? Eu tenho certeza que não. Sempre tem algo aqui ou ali que está precisando de reparos. Há sempre o que aprender, há sempre uma área que necessita de um cuidado a mais, ou de um puxão de orelha que a nossa própria consciência se encarrega em dá.

Interessante seria se tudo se resolvesse assim, num plim. Mas não resolve. Então, o negócio é olhar para si. Fazer sua parte. Mudar. Se desprender. Seguir. Tirar o sujo da alma, agir sem deixar que o orgulho e a impulsividade tomem conta de você. Ser livre para ser o que você é e não o que esperam que você seja. Livre para sonhar. Para fazer. Para sentir. E de uma vez por todas, parar de culpar e responsabilizar os outros pelos seus problemas. Sua vida, quem faz é você, o caminho é você quem trilha, a escolha é sua, sempre sua.

A gente precisa mesmo é de continuidade. Ansiamos por estabilidade em todo tipo de relacionamento que existe. Queremos ser bem aceitos, bem amados, bem quistos, bem sucedidos, bem, bem, bem. Mas pense bem, também. Será mesmo que estamos indo para o lado certo?

Finalmente, me deparei comigo. E, sinceramente, abri os olhos para algumas coisas. Claro, depois da limpeza minuciosa que eu fiz, bem aqui, na minha cuca. Lembra da tal faxina? Sim, é dela mesmo que estou falando. Foi a partir daí, que eu desisti de ficar pensando em como era pra ser. Agora eu resolvi ser. Desisti de pegar no sono alimentando erros, fracassos e vacilos, meus e dos outros. Não quero mais perder o foco. Simplesmente, desistir de me negar. Cansei de engolir palavras, como também cansei de soltá-las sem freio. Cansei de perder o meu eu de vista. A vida não é isso. E eu mereço mais. Você também, acredite.

Por isso eu me permito mais liberdade, mais leveza, mais sorrisos. E, depois do dia-de-lerê na minha cabecinha, após o Brilux, eu passo o bom-ar, aquele com a mais suave fragrância, e respiro fundo. E vou. Porque o mundo gira, dá voltas, e o tempo não para.




Karine Melo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Querer...




Ter um amor nos enche, preenche, invade. Toma conta. E vou transbordando teu nome, teu cheiro, teu tudo, em mim. Penso em você, desejo você, sonho você. É que eu sou uma porção de marcas e detalhes teus. Vezenquando eu fico meio boba. Deve ser o amor, vai tentar entender. E fico te observando fazer coisas simples, como ajeitar o cabelo, trocar um cd, amarrar o tênis... Fico te olhando e sinto que o meu coração sorrir, admirado. De feliz.
E acredito que o amor é pra ser assim, de verdade. Porque o tempo passa e a cada dia tudo aumenta. Todo carinho, toda admiração, todo querer. E quanto mais eu te olho, mas eu tenho a certeza de estar olhando para uma das coisas mais importantes da minha vida.
E é naquele abraço, forte, inesperado, silencioso e completo, que eu sinto que ganhei o mundo, apenas por saber que nele, eu não estou sozinha. Tenho os teus braços, tenho você. Para mim. E a gente fica assim, colado, inteiro, um todo. Com a sensação de sermos par, de sermos um. Indescritível. O que há entre nós tem gosto doce, tem sabor de querer. Querer sempre. Sempre e cada vez mais. Intensamente.



Karine Melo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sutilezas...



Tem dias que a gente fica assim, recolhida no nosso canto. E o nosso coração interagindo com os pensamentos, com a razão e com tudo mais. Talvez esse seja o modo que eu encontrei para poder esvaziar-me. Sim, de mim mesma. Por vezes, é preciso. Vezenquando, se faz necessário. E é.
Hoje me bateu uma saudade que eu nem sei explicar de quê. Não sei se é de algo, se é de um tempo, se é de alguém, ou se é do que virá. Não sei. Mas bateu.
Uma saudade que tem um perfume que só a alma reconhece. Tem cheiro de flor, sincronia de borboletas e som de pássaros. A vida nos trás surpresas bonitas. Sutilezas. Coisas inesperadas que entram no nosso caminho e a gente nem entende o por quê, mas que tem muito coração. Depois percebemos a importância, o significado e as razões. Depois.
Bem.. por enquanto, vou encostar minha cabeça no travesseiro e continuar a pensar... e por que não, sonhar? Quem sabe eu não encontre explicações, respostas e alguma coisa nova que soe como melodia dentro de mim. Quem sabe eu não amanheça sorrindo. Quem sabe.



Karine Melo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Etc e etc...




O que eu penso, falo. O que eu imagino, escrevo. O que eu sinto, às vezes se esconde dentro de mim. Mesmo que eu queira, que você queira, que você tente, nem sempre me mostro. O que presta, me chama atenção e me interessa. O que não presta, eu chuto, eu corro para bem longe. Coisas que não me acrescentam, é o que eu não quero para mim. O que eu quero, eu insisto, persisto, eu agarro, abraço. Admiro quem enfrenta, quem vai à luta, quem bate o pé, quem consegue ser, fazer. Admiro quem não tem medo. Eu? Sim, tenho medo.

Não tenho receio nem vergonha de assumir isso, mas, me orgulho em dizer que encaro, na maioria das vezes, na medida em que posso, os meus medos. Pior é quem foge, quem se esconde, quem recua. Eu tento. Detesto quem fica em cima do muro. Quem não se decide. Quem não sabe o que quer. Tenho opinião. Defendo as minhas ideias e os meus argumentos. Se for preciso, compro brigas. Encrenco.

Não tente me dominar nem tampouco, me limitar. Não funciono como um click, como um botão on/off. Não sei ser colocada no pause e nem no repeat. Mas te garanto: eu sei exatamente onde fica a minha tecla stop. Mesmo que demore um pouco, chega uma hora que reconheço que devo parar, respirar fundo, tomar o fôlego. Só assim consigo continuar andando. E é nessa caminhada que eu analiso direitinho o que não presta, e deixo pra trás o que não me serve.

Admiro quem se auto-analisa. Acho importante quem se olha nos espelho e ver além, quem procura ser alguém melhor. Perfeição não me agrada, nem existe. Antipatizo com o que é certinho demais. Isso me causa desconfiança, me enjoa. Vezenquando sou dura, fria e difícil. E confesso, é tudo disfarce, faz parte do meu medo. Mas não me escondo. Eu me jogo, me estrepo, me desgoverno, me ferro. Mas não deixo de acreditar em mim, e nem muito menos nos meus sonhos.

Quem convive comigo, sabe. Não sou a toda certinha, a toda boazinha, a toda meiguinha e outros inhas. Eu sou eu, e disso não tenho medo e nem abro mão. Tenho o meu lado bom e ruim. O bonito e o feio. O quente e o frio. O calmo e o agitado. O centrado e o insano. O calado e o atrevido. O doce e o amargo. O feliz e o sem graça. O quieto e o perverso. O previsível e o inesperado. O mais e o menos. O etc e etc.

Sou palavras soltas, inacabadas, completas. Sou, sobretudo, entrelinhas. Não tenho nada à esconder, mas tenho muito o que cultivar, muito o que conquistar, e muito, muito o que preservar. Não precisa de um manual de instruções para me entender, nem de um mapa para me decifrar. É simples. Apenas me veja, me escute, chegue mais perto. Conheça meus sinais. Leia meus olhos, minhas palavras e o meu coração. Me perceba. Me sinta.



Karine Melo.

domingo, 22 de agosto de 2010

Simplicidade





Natureza. Liberdade. Borboletas.
Pulmão enchendo-se de ar. Suspiros.
Sábado. Terra. Domingo. Vento.
Cabelos soltos. Pés descalços. Caminhar.
Amigos. Cheiro. Flores. Pássaros.
Conversas. Aventuras. Sorrisos.
Saúde. Manhã. Folhas. Tarde. Tempo.
Família. Companhia. Cuidar.
Sol. Chuva. Carinho. Cobertor.
Rede. Livro. Descanso. Paz.
Cachorro. Nuvens. Criança. Olhar.
Papel.  Caneta. Pensar. Inspirar.
Som. Palavras. Música. Poesia.
Filme. Passeio. Brigadeiro. Viajar.
Deus. Cores. Sonhos. Respostas.
Cachoeira. Rio. Mar. Adrenalina. Mergulho.
Cantar. Dançar. Brincar. Beijo.
Dormir. Acordar. Planejar. Viver.
Lual. Fogo. Fogueira. Violão. Madrugada.
Pele. Arrepio. Poros. Calor.
Noite. Beleza. Taças. Brindes. Querer.
Mãos. Abraço. Carícia. Desejar.
Momentos. Sensações. Lembranças.
Segredos. Mistério. Conquista.
Apaixonar. Apaixonar-se. Ter.
Amar. Se amar...Ser amado.
Sentir.





[O que te faz feliz?]







Karine Melo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pra quê tanta seriedade?




Acredito que, os pirados, os afoitos, os loucos, os sem juízo, os que dançam, ousam... São mais alegres, mais livres.

Ah, triste de quem não pensa assim... É que a gente vive no mundo tão cheio de prisões e amarras, que às vezes, ser um pouco disso, nos renova e nos faz sentir, sobretudo, vivos.

O que vale é ser gente de verdade. Ter instinto de sobrevivência, sede de emoção, desejo por adrenalina, se embalar em alguma teimosia, se entregar ao sabor dos delírios... Se permitir. Nem que seja de vez enquando, é o que vale. Experimente.


Não se reprima... Atreva-se, viva!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Palavras confirmam, o que diz o olhar.





Olharam-se por alguns segundos.
Assim, parados, um fitando o outro. Mesmo calados, havia entre eles um tipo de comunicação inexplicável. Em seguida, ele chegou ainda mais perto, a puxou pela cintura e disse coisas que ela não esperava ouvir. E era tudo que ela precisava, por isso, o correspondeu na mesma intensidade.
É essa mania incrível que ele tem de ser adoravelmente imprevisivel. Tais palavras penetraram o coração pulsante daquela menina, de tal maneira, que ela teve uma extraordinária sensação de entrega e certezas. Não havia sentimento mais confortável e delicioso do que aquele. Foi como se apaixonar outra vez por uma sucessão de motivos.
E ele nem imagina que o seu próprio olhar o entregara desde antes, dizendo detalhadamente, tudo o que ela logo ouviria. E para eles, corações totalmente desnudados, taquicardia e uma perfeita sintonia.
Momentos como esse, são os que realmente ficam. Para sempre.



 
Karine Melo.

sábado, 14 de agosto de 2010

As razões que o sorriso traz



Dia desses estava minha avó e eu conversando, quando um menino de dois ou três anos de idade passou por nós todo sorridente. Sabe aquela alegria contagiante? Sabe aquelas risadas e aquele sorriso gostoso? Era o dele. Minha vovó disse quase suspirando: ‘ahh, como é bom ser criança, meu Deus... ’ E eu logo pensei: deve ser mesmo a melhor fase da vida. Não tem problema na cabeça, o coração é limpinho, dorme tranquilo e tudo se resume em sorrir, sorrir e sorrir.

Independente de ser criança ou não, ter bom humor é fundamental. Alguém aí discorda? Tudo bem, nada é 100% e manter um sorriso-Colgate o tempo todo realmente não rola. Mas, tem gente que tem uma mania horrenda de reclamar e murmurar por besteira. Nada agrada, nada satisfaz e por tudo se lamenta.

 Nem tudo é cor-de-rosa como gostaríamos que fosse, sempre tem algo nos incomodando e nos tirando do sério. E são justamente esses pequenos-grandes detalhes que nos roubam e ofuscam o nosso sorriso. Sim, mas e daí? Me diz, I-D-A-Ì? Tentar manter o equilíbrio e abstrair certas coisas pode ser a melhor saída, pelo menos para evitar que pire a cabeça. A rotina do dia-a-dia te empurra e te cobra atitude. Sorrir é como antídoto, como remédio. Bem, assim penso eu.

Mesmo que a gente se encontre em meio à dificuldade, quando sorrimos, ela é encarada com mais leveza. Quando fazemos as coisas sorrindo, a tendência é nos tornarmos mais humanos, mais compreensivos para entender os sentimentos, as pessoas e o mundo. É algo que deve ser praticado, exercitado e construído.

O resultado é como um tipo de ajuda para neutralizar a carga das contrariedades. E a vida acaba te mostrando e dando novas razões para se alegrar. Sorrir contamina e abre caminhos. Isso mesmo, funciona. Experimente. E como dizia Charles Chaplin: ‘Um dia sem rir, é um dia desperdiçado’.

Portando, leve um sorriso meu, do tipo feliz e contagiante, largo e verdadeiro!


 
 
Karine Melo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O que se deve compreender, a vida.



Compreendi que felicidade não é algo que bate em nossa porta implorando para nos abraçar. Ela exige de nós uma busca incansável e incessante. Uma determinação que vem de dentro para fora. Um olhar além, uma vontade, um ir à luta sem desistir por causa das decepções e dos obstáculos.

Compreendi que o tempo mostra quem é quem e que os verdadeiros amigos nunca se vão. Eles permanecem ali e te amam por tudo que você é e apesar do que você é. Quando mais precisamos, eles não se escondem, estendem a mão, oferecem o ombro, palavras, conforto e carinho. Os que ficam são o que tem valor para nós. São os que sabem somar as alegrias e dividir a tristeza. Porque esses sim são os verdadeiros e os que realmente contam.

Compreendi que viver é sentir-se livre para bordar e tecer a própria história, escolher os caminhos que te convém, agir à sua maneira, ser quem você é sem se importar com o que os outros vão pensar. Livre para arriscar, para se entregar ao que faz vibrar o teu coração. Livre para sorrir sem depender de outro sorriso. Livre para viver sem medo, sem correntes e sem receios.

Compreendi que a vida é dura, mas é para nos fazer forte, para nos ensinar a valorizar aquilo que não damos muita importância, para nos mostrar a beleza que tem na simplicidade das pequenas coisas. Que há sempre algo que não entendemos, mas que com o tempo a gente descobre. Se você deixar a vida acontecer, pode ter certeza que o que tiver de ser, será.

Compreendi que não há nada melhor do que sentir paz. Sensação de estar bem resolvido com o passado, de ter a convicção que a direção é mais importante que a velocidade. Paz com o mundo, consigo mesmo e com as pessoas ao teu redor. Ir dormir com a consciência leve e tranquila, com a certeza de que agimos certo com quem amamos.

Compreendi que é preciso apaixonar-se. Por uma música que fala muito sobre você, por um verso que traduz teus sentimentos, por um momento que te faz bem e por coisas que dinheiro algum é capaz de comprar. Se apaixonar por um alguém e aceitar que esse alguém apesar de ser o que você sempre quis, não é perfeito. Apaixonar-se pelo que você faz, por uma causa, por um sonho. Apaixonar-se por você mesmo.

A vida é linda. E é preciso pensar assim, porque apesar de tudo, ela é. E mesmo que tenhamos milhares de coisas pela frente a serem compreendidas, não podemos perder a fé e a confiança. Afinal de contas, há sempre um nascer do sol esperando por nós, para iluminar o nosso dia e nos fazer acreditar outra e outra vez.



Karine Melo

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Bem assim...



Sou uma eterna questionadora daquilo que não é exato, até mesmo o definido, não me convence. Sou mesmo avessa à fórmulas certas e a perfeição. Não consigo ser boazinha o tempo todo, meu humor, mesmo que sem motivos, oscila. Minha paciência não é exemplar, e há pessoas que eu realmente prefiro manter distância. Não saio por aí distribuindo sorrisos só para me verem como a miss-simpatia. Sou humana.

Faço as minha escolhas sendo fiel ao que eu sinto e acredito. Mesmo que eu não entenda agora, lá na frente, de algum modo, tudo se esclarece. Se eu quebrar a cara, tudo bem, não importa, tudo passa e no final das contas, serve de lição. Se der certo, ótimo, o olhar é para frente, o alvo é a felicidade, sigo.

Para mim, alegria tem que vir primeiramente de dentro, um estado que não deve depender do mundo lá fora, que deve ser mais forte do que todos os ventos contrários, maior do que todos os desafios e todas as asperezas que existem.

Por isso, desentorto os caminhos, busco novos atalhos, construo pontes, pinto, bordo, invento novas cores, misturo e dou um novo tom, um novo sentido. E se o meu céu estiver cinza-escuro, eu trato de colorir de azul.

E lá vou eu, na tentativa de acertar os passos, de pegar os meus sonhos e lançá-los de lá para cá. Mesmo depois de ter crescido, ainda acredito na vida assim, bem bonita e florida, porque sou criança de alma e coração.




karine Melo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Me acostumei...



Entre as milhares coisas que eu mais amo na nossa história, estão nos momentos em que você fala com aquela cara de menino-sério: te amo tanto...
E entre as coisas mais lindas que existem, tem o teu rosto, o teu nome e o teu som gravado.
Me acostumei com os teus mimos, com os teus afagos e com a tua vida misturada à minha. Me acostumei com as tuas palavras, com o teu sorriso alegre e espontâneo, que é como um antídoto para qualquer estado que eu esteja. 
Me acostumei com o teu mundo e com as inúmeras maneiras que você faz para me agradar.
Me acostumei com esse teu jeito de ficar parado me observando, com esse olhar que tudo diz, sem precisar dizer nada. Me acostumei também com o teu temperamento, e com a forma de como lida com o meu.
Me acostumei com o teu cheiro, com a textura da tua pele e com os vários sabores que tem o teu beijo. Me acostumei com o teu sono, com a tua energia e com o teu ritmo.
Me acostumei com a tua pressa, com a tua calma e com todo o cuidado que trata o meu coração. Me acostumei a ser a tua menina, o teu ciúme e o teu maior desejo. Me acostumei a ser o teu colo, a tua cúmplice e o teu amor.
No mundo tão cheio de possibilidades e improbabilidades, de encontros e desencontros, nos achamos. Meu coração te comemora dia após dia, como se eu tivesse acabado de te encontrar.
Hoje, junto com as incontáveis coisas que eu me acostumei, eu o amo... eu sou tua, eu sou só de você!




Karine Melo

sábado, 7 de agosto de 2010

Ainda mais.





Chovia e fazia frio como nunca. E entre eles, havia uma hora marcada.
 Nela, uma vontade incessante de demonstrar todo o seu amor por ele. Nele, um desejo incontido de aproveitar cada segundo daquela noite, ao lado dela. Seja como for, seja onde for, juntos, sempre tornavam momentos como esses, inesquecíveis, únicos.
Mesmo vivendo coisas desse tipo já algum tempo, percebem que isso não faz a menor diferença. Cada encontro, é como a ansiedade da primeira vez. Um misto de afinidade, saudade e expectativas. Tudo se completou com o mesmo querer: para sempre morar naquele abraço. Então, se reconheceram no mesmo olhar, no mesmo carinho e na mesma frequência. E frio algum foi capaz de intimidar aquele calor mais bonito. O deles.




A noite teve fim.
Foi quando surgiu um desejo ainda mais forte:
O próximo encontro.


 
 
 
Karine Melo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Não cabe...





Amor vem da parte mais sensível e delicada.

E também da parte louca, alucinada.

Amor é coisa que não se mede e nem se define.

Amor se vive, se respira.

Amor cresce, se transforma. Se eterniza.

Amor que é amor, não cabe em palavras e nem dentro do peito.

O espaço é pequeno.

Transborda.



 
 
Karine Melo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Acontece que...



Sabemos direitinho como a vida funciona: um dia, ta tudo muito bem, obrigada. No outro, é mão na cabeça e sai de perto, que parece que tudo vai desmoronar. E desmorona mesmo. E agora, fazer o que? Lutar e manter-se vivo, porque nada é um mar de rosas.

A vida nunca está para brincadeira. Ela faz jogo duro. De verdade. Infelizmente é difícil encarar certos momentos e, ao mesmo tempo, continuar firme e intacto. Não tem jeito, de qualquer maneira, você terá que enfrentar todo aquele vendaval de problemas. Eu sei, nem tudo é tão simples quanto parece. Não é de um dia para o outro, e nem num piscar de olhos que, plim, as coisas ficam bem.

Vai ter horas de verdadeiro desespero, que você vai olhar para todos os lados e não vai encontrar saída, e nem tampouco a tão desejada luz no fim do túnel. Então você vai perder o controle, se descabelar, se trancar no quarto, chorar horrores, e tudo o que você vai desejar é correr, fugir, sumir!

Daí, você torra os neuronios até chegar ao ponto de não aceitar mais aquele estado. Uma hora ou outra, de algum modo, você se toca que precisa reagir, você se levanta, tenta organizar as ideias, ganha forças não sei de onde e age diferente. Você vai encontrar a melhor forma de resolver aquilo e sair dessa o mais rápido que puder. E você segue.

Altos e baixos, lágrimas e sorrisos, e até as próprias mancadas, fazem parte da construção do nosso eu, do nosso caráter. Afinal de contas, cada situação que enfrentamos em nossa trajetória, é como um tipo de desafio, como uma oportunidade de lidarmos com aquilo de outro modo. É uma nova chance de aprender e amadurecer.

Às vezes, realmente precisamos passar por fases turbulentas, para que possamos tirar lições das quais precisaremos lá na frente. Mesmo que as coisas não andem da forma como gostaríamos que fossem, é bom entender que, depois que a dor deixa de doer, ocorre uma mudança dentro da gente: já não podemos nos considerar os mesmos, sempre tem algo a progredir, a crescer, evoluir.

Quedas e reviravoltas têm o poder de nos transformar, de modificar nosso ponto de vista, elas nos fazem enxergar concepções equivocadas, e atitudes inadequadas, a fim de sermos alguém melhor.

Não se prenda ao que não deu certo, o que passou serve como aprendizado. Tenha a convicção de que somos merecedores da felicidade. Tenha a certeza que o tempo cura, mágoas passam e decepção não mata. Carregue com você aquela sensação de que, mesmo com todo aquele sofrimento, ainda assim, valeu à pena.




Por mais forte que seja a tempestade,
o Sol, ainda mais forte e brilhante,
há de aparecer.

Acredite!




Karine Melo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

De um jeito que só ela sabe.


 
 Ela é igual a todo mundo, mas tem um jeito que a faz diferente. Quando sente reciprocidade, é romântica, carinhosa, do tipo dengosa. Ela é menina-meio-muleca, mas não é boba. Quando preciso, ela sabe se defender, não se escora em ninguém e anda com suas próprias pernas.

Das coisas que gosta, não abre mão, não desiste facilmente. Ela erra e não aprende, erra mais um pouco, se estrepa toda e acaba tomando jeito. É perssistente, insistente e para frente.
É açucarada, é azeda e mais outros sabores. Depende do dia, do seu humor, depende para quem. Dona de uma intensidade sem tamanho, de uma imaginação surreal e de uma sensibilidade incomparável.

Ela é varias em uma só, ela é uma só em varias. É impulsiva, esperta e atrevida. É verdadeira, é um colo, é amiga. Tem um jeito de mulher moderna, tem um toque de menina mimada. Ela é teimosa, é impaciente, é chorona, é forte, é sorridente.

Tem um coração burro, bobo e inteligente. Ele é maior que sua razão, ele é maior do que ela mesma. Por mais que ela queira, nunca consegue esconder o que sente. É transparente, é pé no chão, cabeça na Lua e música no ouvido. É inteira, é completa, é única, é imperfeita.

Com ela, não há meio termos, ou é tudo, ou é nada. Ela é segura de si, insegura do mundo e tem um olhar além. Ela é algumas vírgulas, é várias interrogações. Ela é reticências. Para uns, adorável e cativante, para outros, detestável e irritante. Ela não se reprime, ela é atitude, ela é ousadia. Ela se mostra, ela se esconde, ela é dança, é abraço, é emoção.

É responsavelmente sem juízo, ela é instinto, é delicada, é bem humorada. Ela é aventura, ela é olhar que tudo diz, ela é o que ainda ninguém descobriu. Nem ela. Ela é aquela que ama, que se apaixona, que acredita. Ela é aquele gosto doce e incessante de ser assim, sempre feliz.




Quer mais uma dose dela?
 é só dizer,
 ela é reticências...




Karine Melo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O nosso.






O que nos desperta são os nossos sonhos, o que nos move é o que proporciona o nosso coração. E até das coisas que não tem graça nenhuma, rimos. Assim, sem nem saber porquê.

Foi aí então que eu percebi que as coisas ficam mais bonitas quando estamos perto. Não importa o lugar, se chove ou faz sol, se estamos sozinhos ou não. O mundo, e tudo que nele há, não faz diferença. Se estivermos juntos, tudo muda.

É um sentimento que me agita por dentro só de saber que você está chegando, e é tão gostoso ver que dentro de ti, também ferve pelo mesmo motivo que o meu.

Desde que os meus olhos te conheceram, o meu riso é fácil, o meu amanhecer tem um brilho diferente, a felicidade deixou de ser momentânea, ela ganhou cores, textura, perfume e temperatura. Ganhou vida, sabor e sensações. Ela é o que és para mim e o que sou para ti. A felicidade somos nós, você, eu, e o que nos une, o amor. O nosso.

E eu não imaginava que seria tão bom, e nem tampouco, que sentimentos pudessem crescer tanto assim. Dessas coisas boas que se completam nos detalhes, que alimenta nossa alma e faz a gente sorrir bonito.


Karine Melo.